sábado, 17 de agosto de 2013


Os aspectos essenciais da produção capitalista eram: o capital, os recursos naturais e o mercado.
 

   Um outro fator na industrialização foi o controle sobre o trabalho. Para entender esse aspecto é preciso considerar a transformação na estrutura agrária após a revolução inglesa. Com a gentry  no auge, ao cercamentos passaram a ser autorizados pelo parlamento.
   A divisão das terras comerciais beneficiou os grandes proprietários mas prejudicou os pequenos camponeses, pois estes ficaram com terras insuficientes. Por isso a migração p/ a cidade aumentou. Nas grandes cidades a única forma de garantir a vida era trabalhar como operário nas fábricas. Isto fez surgir uma nova classe: os proletariados.
   Na 2ª metade do Séc. XVIII, vários inventos revolucionaram as técnicas de fabricação, o invento oferece a necessidade social de um momento. Por exemplo, Da Vinci, imaginou a máquina à vapor no Séc. XVI, mas ela só veio a ter utilidade no Séc. XVIII.
   Para alguns historiadores a revolução industrial começou em 1733, com o desenvolvimento da lançadeira volante  por John Kay. O aparelho era adaptado aos teares manuais, para aumentar  a capacidade de tecer. Até então o tecelão só podia ser um tecido da largura de seus braços. A invenção embora boa, causou desequilíbrio, pois começou a faltar fios feitos na roca. Em 1767, James Hargreaves criou uma invenção que permitia ao artesão ficar de uma só vez até 80 fios, mas estes estavam finos e quebradiços. Richard Arkwight, movido a água  era mais econômica e produzia fios grossos. Em 1779, Samuel Crompton criou duas máquinas numa só, a mule, que fabricava fios finos e resistentes. O problema agora era o excesso de fios. Isto só foi corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright fabricou o tear mecânico. Para mover o tear  passou a ser necessário uma energia motriz mais constante que a hidráulica. Em 1773 James Watt, aperfeiçoou a máquina a vapor.  Para aumentar a resistência das máquinas, as peças de madeiras foram trocadas por outras de metal. Este fato estimulou a industria siderúrgica.
   A revolução industrial exigia grande concentração de trabalhadores nas fábricas. O seu aspecto importante foi a separação entre os trabalhadores e os meios de produção. com isso esses operários passaram a ter uma vida assalariada submetida aos capitalistas, donos dos meios de fabricação.
   Uma das conseqüências da revolução foi o crescimento das cidades, visto que os camponeses passaram a vir em grande quantidade para as cidades. Como aconteceu em Londres, que em 1800 tinha aproximadamente um milhão de habitantes.
   Nessa época o desenvolvimento industrial e urbano deslocou-se do norte do país. Os grandes centros tinham massas de pessoas para trabalhar, mas vivendo em condições miseráveis.
   No quadro de funcionários das fábricas as crianças também eram incluídas, porém estas recebiam salários bem mais baixos que os dos adultos.na indústria têxtil do algodão as melhores formavam até 50 % da massa trabalhadora. Em outras atividades, empregavam-se crianças  de até  6 anos de idade. A jornada de trabalho era de até 16 horas por dia. Não havia férias e nem descanso nos fins de semana. Além disso as condições nos locais de trabalho eram péssimas,  que colocavam em risco a vida dos trabalhadores.
   As fábricas não tinham janelas contribuindo para o aumento da propagação das doenças conhecidas da época. Por isso a vida dos funcionários estava sempre em perigo. A média de vida deles era muito baixa, se comparada com nossos dias.
   A mecanização ajudou a desvalorizar o trabalho manual e como conseqüência a diminuição dos salários.

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